Historias

O Breitling Frecce Tricolori foi um dos primeiros relógios mecânicos a reemergir no mercado durante no auge da era do quartzo. Foi um passo ousado, numa época em que os relógios a pilhas eram considerados o futuro. Contudo, o Frecce Tricolori, lançado em 1983, tornou-se um sucesso imediato. 

Parte da sua atratividade consistia no facto de ter sido criado para a audaz equipa de acrobacias aéreas italiana Frecce Tricolori. O objetivo era ter um relógio resistente — capaz de enfrentar os desafios do cockpit de um jato — e ao mesmo tempo elegante — brilhando em qualquer gala. O Frecce Tricolori conseguiu esse equilíbrio graças ao seu design sofisticado, totalmente em aço. 

Um cristal curvado e encastrado, combinado com quatro marcadores móveis salientes nos quartos de hora, impedia o relógio de sofrer danos caso embatesse na estrutura metálica do cockpit — algo que o então proprietário da Breitling, Ernest Schneider, havia constatado através da sua própria experiência enquanto piloto. O bisel deste relógio permitia aos utilizadores alternar entre os marcadores de 15 e 45 minutos, possibilitando a leitura de tempo restante ou de tempo decorrido, uma funcionalidade intrínseca que persiste até aos dias de hoje, juntamente com a bracelete Rouleaux em metal e a coroa tipo “cebola”. 

A popularidade do relógio Frecce fez com que Schneider comercializasse o modelo com grande sucesso, sob o nome Chronomat. Foi uma decisão que marcou o fim da crise do quartzo e o regresso do cronógrafo mecânico.